Os melhores jogos online (ou com modos online) são aqueles que são desenhados para proporcionar momentos de cooperação espontânea. Ou seja, pensados para ser jogados a solo, mas de uma forma em que o nosso destino inevitavelmente se cruze com o de outros jogadores.
A maioria dos MMOs modernos funciona assim. Mesmo há 15 anos, poucos momentos eram mais fantásticos em World of Warcraft do que salvar um desconhecido (ou ser salvo por um) de uma emboscada inimiga. Mas mesmo o simples gesto de curar ou abençoar um estranho com que nos cruzávamos na estrada fazia o coração sorrir. No WoW moderno, estas situações são menos comuns, mas não impossíveis.
Mas o expoente máximo disso é, provavelmente, a série Dark Souls. São jogos que exigem mestria da parte do jogador, que não perdoam erros… A menos que… Encontremos a marca deixada pelo espírito de um outro jogador, pronta a ajudar-nos com informação acerca dos perigos que se avizinham, ou mesmo com uma mão espiritual para combater ao nosso lado. Até na morte, estes espíritos são generosos – podemos assistir aos seus momentos finais, e tentar deduzir o que os finou.
Não dá para combinar jogar Dark Souls com um amigo, pelo menos não sem grandes artimanhas. E isso é de propósito. Quem fez esses jogos não deixou nada ao acaso. A mensagem é poderosa: nos momentos mais negros, não há bálsamo como a ajuda inesperada de um desconhecido.